segunda-feira, 11 de junho de 2012

Semelhanças entre Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Junqueira Freir

Quando você pergunta as semelhanças entre esses ilustres artistas, eu os direi que as semelhanças entre eles são as poesias, e o modo como as escreve, a tática usada, o ultrarromantismo, entre outras coisas. Os poetas usam o ultrarromântico. Ao lado de Álvares de Azevedo, três outros autores se destacam na segunda geração da poesia romântica brasileira: Casimiro de AbreuFagundes Varela e Junqueira Freire. As obras literárias de cada poeta e de seus período apresentam entre si uma característica em comum, o medo de amar.


Exemplos de obras:



    Amor e Medo

    Quando eu te vejo e me desvio cauto 
    Da luz de fogo que te cerca, ó bela, 
    Contigo dizes, suspirando amores: 
    — "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!"

    Como te enganas! meu amor, é chama 
    Que se alimenta no voraz segredo, 
    E se te fujo é que te adoro louco... 
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo...

    Tenho medo de mim, de ti, de tudo, 
    Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes. 
    Das folhas secas, do chorar das fontes, 
    Das horas longas a correr velozes.

    O véu da noite me atormenta em dores 
    A luz da aurora me enternece os seios, 
    E ao vento fresco do cair das tardes, 
    Eu me estremece de cruéis receios.

    É que esse vento que na várzea — ao longe, 
    Do colmo o fumo caprichoso ondeia, 
    Soprando um dia tornaria incêndio 
    A chama viva que teu riso ateia!

    Ai! se abrasado crepitasse o cedro, 
    Cedendo ao raio que a tormenta envia: 
    Diz: — que seria da plantinha humilde, 
    Que à sombra dela tão feliz crescia?

    A labareda que se enrosca ao tronco 
    Torrara a planta qual queimara o galho 
    E a pobre nunca reviver pudera. 
    Chovesse embora paternal orvalho!

    Ai! se te visse no calor da sesta, 
    A mão tremente no calor das tuas, 
    Amarrotado o teu vestido branco, 
    Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...

    Ai! se eu te visse, Madalena pura, 
    Sobre o veludo reclinada a meio, 
    Olhos cerrados na volúpia doce, 
    Os braços frouxos — palpitante o seio!...

    Ai! se eu te visse em languidez sublime, 
    Na face as rosas virginais do pejo, 
    Trêmula a fala, a protestar baixinho... 
    Vermelha a boca, soluçando um beijo!...

    Diz: — que seria da pureza de anjo, 
    Das vestes alvas, do candor das asas? 
    Tu te queimaras, a pisar descalça, 
    Criança louca — sobre um chão de brasas!

    No fogo vivo eu me abrasara inteiro! 
    Ébrio e sedento na fugaz vertigem, 
    Vil, machucara com meu dedo impuro 
    As pobres flores da grinalda virgem!

    Vampiro infame, eu sorveria em beijos 
    Toda a inocência que teu lábio encerra, 
    E tu serias no lascivo abraço, 
    Anjo enlodado nos pauis da terra.

    Depois... desperta no febril delírio, 
    — Olhos pisados — como um vão lamento, 
    Tu perguntaras: que é da minha coroa?... 
    Eu te diria: desfolhou-a o vento!...

    Oh! não me chames coração de gelo! 
    Bem vês: traí-me no fatal segredo. 
    Se de ti fujo é que te adoro e muito! 
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo!...

                                                                              Casimiro de Abreu

Amor e vinho
Cantemos o amor e o vinho,
As mulheres, o prazer;
A vida é sonho ligeiro
Gozemos até morrer
Tim, tim, tim
Gozemos até morrer
A ventura nessa vida
É sonho que pouco dura
Tudo fenece no mundo,
Na louça da sepultura
Tim, tim, tim
Na louça da sepultura
Não sou desses gênios duros,
Inimigos do prazer,
Que julgam que a humanidade
Só nasceu para morrer
Tim, tim, tim
Só nasceu para morrer
Fagundes Varela
Martírio

Beijar-te a fronte linda: 

Beijar-te o aspecto altivo: 
Beijar-te a tez morena: 
Beijar-te o rir lascivo:

Beijar-te o ar que aspiras: 
Beijar-te o pó que pisas: 
Beijar-te a voz que soltas: 
Beijar-te a luz que visas:

Sentir teus modos frios: 
Sentir tua apatia: 
Sentir até repúdio: 
Sentir essa ironia:

Sentir que me resguardas: 
Sentir que me arreceias: 
Sentir que me repugnas: 
Sentir que até me odeias:

Eis a descrença e a crença, 
Eis o abismo e a flor, 
Eis o amor e o ódio, 
Eis o prazer e a dor!

Eis o estertor da morte, 
Eis o martírio eterno, 
Eis o ranger de dentes, 
Eis o penar do inferno!


Junqueira Freire


Letícia Ribeiro-31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C

2 comentários:

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