segunda-feira, 18 de junho de 2012

Produção de poema com moldes Ultrarromânticos

Te vi no baile
Quase morri de paixão

Sei que nunca vou poder te ter
Ou será que é só ilusão?

O amor é belo mesmo, ehn?
Te destrói e te corrói
Até a minha morte.

A emoção é constante
Meu coração palpita
Uma dor grande se aproxima

Será que é paixão?
Não sei bem explicar

Meu mundo está acabando
Te ver é um desafio
Chorar já é rotina
Tenho que superar
Esse amor insuperável


Letícia Ribeiro- 31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C
Fagundes Varela:

  • Noturnas - 1860
  • Vozes da América - 1864
  • Pendão Auri-verde - poemas patrióticos, acerca da Questão Christie.
  • Cantos e Fantasias - 1865
  • Cantos Meridionais - 1869
  • Cantos do Ermo e da Cidade - 1869
  • Anchieta ou O Evangelho nas Selvas - 1875 (publicação póstuma)
  • Diário de Lázaro - 1880
Casimiro de Abreu:

Poesias

  • Primaveras (1859)

Teatro

  • Camões e o Jau (1856)

Prosa Poética

  • A virgem loura Páginas do coração (1857)

Romance

  • Carolina (1856)
  • Camila (inacabado) (1856)
Junqueira Freire:
  • Inspirações do Claustro, 1855
  • Contradições poéticas
  • Tratado de eloqüência nacional
  • Ambrósio

Poesias em comum:
Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna





Laís 30 e JÚLIA 29 9c 
 

segunda-feira, 11 de junho de 2012


Lembrança de Morrer
Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nenhuma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro,
... Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade... é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade... é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Pouco - bem poucos... e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d’aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai a lua pratear-me a lousa!



O Poeta Moribundo
Poetas! amanhã ao meu cadáver
Minha tripa cortai mais sonorosa!
Façam dela uma corda, e cantem nela
Os amores da vida esperançosa!
Cantem esse verso que me alentava...
O aroma dos currais, o bezerrinho,
As aves que na sombra suspiravam,
E os sapos que cantavam no caminho!
Coração, por que tremes? Se esta lira
Nas minhas mãos sem força desafina,
Enquanto ao cemitério não te levam
Casa no marimbau a alma divina!
Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia . . .
Como o cisne de outrora... que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
Coração, por que tremes? Vejo a morte
Ali vem lazarenta e desdentada. ..
Que noiva!. . . E devo então dormir com ela?. ..
Se ela ao menos dormisse mascarada!
Que ruínas! que amor petrificado!
Tão antediluviano e gigantesco!
Ora, façam idéia que ternuras
Terá essa lagarta posta ao fresco!
Antes mil vezes que dormir com ela,
Que dessa fúria o gozo, amor eterno. . .
Se ali não há também amor de velha,
Dêem-me as caldeiras do terceiro Inferno!
No inferno estão suavíssimas belezas,
Cleópatras, Helenas, Eleonoras;
Lá se namora em boa companhia,
Não pode haver inferno com Senhoras!
Se é verdade que os homens gozadores,
Amigos de no vinho ter consolos,
Foram com Satanás fazer colônia,
Antes lá que no Céu sofrer os tolos!-
Ora! e forcem um'alma qual a minha
Que no altar sacrifica ao Deus-Preguiça
A cantar ladainha eternamente
E por mil anos ajudar a Missa!

ambos falam sobre a morte e o que querem que as pessoas façam depois dela, sem se importar muito com dores e sofrimentos.


Laís 30, Júlia 29   9°C

Semelhanças entre Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Junqueira Freir

Quando você pergunta as semelhanças entre esses ilustres artistas, eu os direi que as semelhanças entre eles são as poesias, e o modo como as escreve, a tática usada, o ultrarromantismo, entre outras coisas. Os poetas usam o ultrarromântico. Ao lado de Álvares de Azevedo, três outros autores se destacam na segunda geração da poesia romântica brasileira: Casimiro de AbreuFagundes Varela e Junqueira Freire. As obras literárias de cada poeta e de seus período apresentam entre si uma característica em comum, o medo de amar.


Exemplos de obras:



    Amor e Medo

    Quando eu te vejo e me desvio cauto 
    Da luz de fogo que te cerca, ó bela, 
    Contigo dizes, suspirando amores: 
    — "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!"

    Como te enganas! meu amor, é chama 
    Que se alimenta no voraz segredo, 
    E se te fujo é que te adoro louco... 
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo...

    Tenho medo de mim, de ti, de tudo, 
    Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes. 
    Das folhas secas, do chorar das fontes, 
    Das horas longas a correr velozes.

    O véu da noite me atormenta em dores 
    A luz da aurora me enternece os seios, 
    E ao vento fresco do cair das tardes, 
    Eu me estremece de cruéis receios.

    É que esse vento que na várzea — ao longe, 
    Do colmo o fumo caprichoso ondeia, 
    Soprando um dia tornaria incêndio 
    A chama viva que teu riso ateia!

    Ai! se abrasado crepitasse o cedro, 
    Cedendo ao raio que a tormenta envia: 
    Diz: — que seria da plantinha humilde, 
    Que à sombra dela tão feliz crescia?

    A labareda que se enrosca ao tronco 
    Torrara a planta qual queimara o galho 
    E a pobre nunca reviver pudera. 
    Chovesse embora paternal orvalho!

    Ai! se te visse no calor da sesta, 
    A mão tremente no calor das tuas, 
    Amarrotado o teu vestido branco, 
    Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...

    Ai! se eu te visse, Madalena pura, 
    Sobre o veludo reclinada a meio, 
    Olhos cerrados na volúpia doce, 
    Os braços frouxos — palpitante o seio!...

    Ai! se eu te visse em languidez sublime, 
    Na face as rosas virginais do pejo, 
    Trêmula a fala, a protestar baixinho... 
    Vermelha a boca, soluçando um beijo!...

    Diz: — que seria da pureza de anjo, 
    Das vestes alvas, do candor das asas? 
    Tu te queimaras, a pisar descalça, 
    Criança louca — sobre um chão de brasas!

    No fogo vivo eu me abrasara inteiro! 
    Ébrio e sedento na fugaz vertigem, 
    Vil, machucara com meu dedo impuro 
    As pobres flores da grinalda virgem!

    Vampiro infame, eu sorveria em beijos 
    Toda a inocência que teu lábio encerra, 
    E tu serias no lascivo abraço, 
    Anjo enlodado nos pauis da terra.

    Depois... desperta no febril delírio, 
    — Olhos pisados — como um vão lamento, 
    Tu perguntaras: que é da minha coroa?... 
    Eu te diria: desfolhou-a o vento!...

    Oh! não me chames coração de gelo! 
    Bem vês: traí-me no fatal segredo. 
    Se de ti fujo é que te adoro e muito! 
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo!...

                                                                              Casimiro de Abreu

Amor e vinho
Cantemos o amor e o vinho,
As mulheres, o prazer;
A vida é sonho ligeiro
Gozemos até morrer
Tim, tim, tim
Gozemos até morrer
A ventura nessa vida
É sonho que pouco dura
Tudo fenece no mundo,
Na louça da sepultura
Tim, tim, tim
Na louça da sepultura
Não sou desses gênios duros,
Inimigos do prazer,
Que julgam que a humanidade
Só nasceu para morrer
Tim, tim, tim
Só nasceu para morrer
Fagundes Varela
Martírio

Beijar-te a fronte linda: 

Beijar-te o aspecto altivo: 
Beijar-te a tez morena: 
Beijar-te o rir lascivo:

Beijar-te o ar que aspiras: 
Beijar-te o pó que pisas: 
Beijar-te a voz que soltas: 
Beijar-te a luz que visas:

Sentir teus modos frios: 
Sentir tua apatia: 
Sentir até repúdio: 
Sentir essa ironia:

Sentir que me resguardas: 
Sentir que me arreceias: 
Sentir que me repugnas: 
Sentir que até me odeias:

Eis a descrença e a crença, 
Eis o abismo e a flor, 
Eis o amor e o ódio, 
Eis o prazer e a dor!

Eis o estertor da morte, 
Eis o martírio eterno, 
Eis o ranger de dentes, 
Eis o penar do inferno!


Junqueira Freire


Letícia Ribeiro-31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C

Comparação das obras

A Maja Vestida - Goya
Auto Retrato- Théodore Géricault
Mulher com papagaio -Eugène Delacroix
O ponsador - Auguste Rodin


todos eles mostram pessoas, essas obras foram criadas na época do romantismo quando as pessoas conseguiram os seus direitos de liberdade de expressão corporal e artistica.



Laís 30, Júlia 29   9°C