segunda-feira, 18 de junho de 2012

Produção de poema com moldes Ultrarromânticos

Te vi no baile
Quase morri de paixão

Sei que nunca vou poder te ter
Ou será que é só ilusão?

O amor é belo mesmo, ehn?
Te destrói e te corrói
Até a minha morte.

A emoção é constante
Meu coração palpita
Uma dor grande se aproxima

Será que é paixão?
Não sei bem explicar

Meu mundo está acabando
Te ver é um desafio
Chorar já é rotina
Tenho que superar
Esse amor insuperável


Letícia Ribeiro- 31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C
Fagundes Varela:

  • Noturnas - 1860
  • Vozes da América - 1864
  • Pendão Auri-verde - poemas patrióticos, acerca da Questão Christie.
  • Cantos e Fantasias - 1865
  • Cantos Meridionais - 1869
  • Cantos do Ermo e da Cidade - 1869
  • Anchieta ou O Evangelho nas Selvas - 1875 (publicação póstuma)
  • Diário de Lázaro - 1880
Casimiro de Abreu:

Poesias

  • Primaveras (1859)

Teatro

  • Camões e o Jau (1856)

Prosa Poética

  • A virgem loura Páginas do coração (1857)

Romance

  • Carolina (1856)
  • Camila (inacabado) (1856)
Junqueira Freire:
  • Inspirações do Claustro, 1855
  • Contradições poéticas
  • Tratado de eloqüência nacional
  • Ambrósio

Poesias em comum:
Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna





Laís 30 e JÚLIA 29 9c 
 

segunda-feira, 11 de junho de 2012


Lembrança de Morrer
Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nenhuma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro,
... Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade... é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade... é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Pouco - bem poucos... e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d’aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai a lua pratear-me a lousa!



O Poeta Moribundo
Poetas! amanhã ao meu cadáver
Minha tripa cortai mais sonorosa!
Façam dela uma corda, e cantem nela
Os amores da vida esperançosa!
Cantem esse verso que me alentava...
O aroma dos currais, o bezerrinho,
As aves que na sombra suspiravam,
E os sapos que cantavam no caminho!
Coração, por que tremes? Se esta lira
Nas minhas mãos sem força desafina,
Enquanto ao cemitério não te levam
Casa no marimbau a alma divina!
Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia . . .
Como o cisne de outrora... que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
Coração, por que tremes? Vejo a morte
Ali vem lazarenta e desdentada. ..
Que noiva!. . . E devo então dormir com ela?. ..
Se ela ao menos dormisse mascarada!
Que ruínas! que amor petrificado!
Tão antediluviano e gigantesco!
Ora, façam idéia que ternuras
Terá essa lagarta posta ao fresco!
Antes mil vezes que dormir com ela,
Que dessa fúria o gozo, amor eterno. . .
Se ali não há também amor de velha,
Dêem-me as caldeiras do terceiro Inferno!
No inferno estão suavíssimas belezas,
Cleópatras, Helenas, Eleonoras;
Lá se namora em boa companhia,
Não pode haver inferno com Senhoras!
Se é verdade que os homens gozadores,
Amigos de no vinho ter consolos,
Foram com Satanás fazer colônia,
Antes lá que no Céu sofrer os tolos!-
Ora! e forcem um'alma qual a minha
Que no altar sacrifica ao Deus-Preguiça
A cantar ladainha eternamente
E por mil anos ajudar a Missa!

ambos falam sobre a morte e o que querem que as pessoas façam depois dela, sem se importar muito com dores e sofrimentos.


Laís 30, Júlia 29   9°C

Semelhanças entre Álvares de Azevedo e Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Junqueira Freir

Quando você pergunta as semelhanças entre esses ilustres artistas, eu os direi que as semelhanças entre eles são as poesias, e o modo como as escreve, a tática usada, o ultrarromantismo, entre outras coisas. Os poetas usam o ultrarromântico. Ao lado de Álvares de Azevedo, três outros autores se destacam na segunda geração da poesia romântica brasileira: Casimiro de AbreuFagundes Varela e Junqueira Freire. As obras literárias de cada poeta e de seus período apresentam entre si uma característica em comum, o medo de amar.


Exemplos de obras:



    Amor e Medo

    Quando eu te vejo e me desvio cauto 
    Da luz de fogo que te cerca, ó bela, 
    Contigo dizes, suspirando amores: 
    — "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!"

    Como te enganas! meu amor, é chama 
    Que se alimenta no voraz segredo, 
    E se te fujo é que te adoro louco... 
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo...

    Tenho medo de mim, de ti, de tudo, 
    Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes. 
    Das folhas secas, do chorar das fontes, 
    Das horas longas a correr velozes.

    O véu da noite me atormenta em dores 
    A luz da aurora me enternece os seios, 
    E ao vento fresco do cair das tardes, 
    Eu me estremece de cruéis receios.

    É que esse vento que na várzea — ao longe, 
    Do colmo o fumo caprichoso ondeia, 
    Soprando um dia tornaria incêndio 
    A chama viva que teu riso ateia!

    Ai! se abrasado crepitasse o cedro, 
    Cedendo ao raio que a tormenta envia: 
    Diz: — que seria da plantinha humilde, 
    Que à sombra dela tão feliz crescia?

    A labareda que se enrosca ao tronco 
    Torrara a planta qual queimara o galho 
    E a pobre nunca reviver pudera. 
    Chovesse embora paternal orvalho!

    Ai! se te visse no calor da sesta, 
    A mão tremente no calor das tuas, 
    Amarrotado o teu vestido branco, 
    Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...

    Ai! se eu te visse, Madalena pura, 
    Sobre o veludo reclinada a meio, 
    Olhos cerrados na volúpia doce, 
    Os braços frouxos — palpitante o seio!...

    Ai! se eu te visse em languidez sublime, 
    Na face as rosas virginais do pejo, 
    Trêmula a fala, a protestar baixinho... 
    Vermelha a boca, soluçando um beijo!...

    Diz: — que seria da pureza de anjo, 
    Das vestes alvas, do candor das asas? 
    Tu te queimaras, a pisar descalça, 
    Criança louca — sobre um chão de brasas!

    No fogo vivo eu me abrasara inteiro! 
    Ébrio e sedento na fugaz vertigem, 
    Vil, machucara com meu dedo impuro 
    As pobres flores da grinalda virgem!

    Vampiro infame, eu sorveria em beijos 
    Toda a inocência que teu lábio encerra, 
    E tu serias no lascivo abraço, 
    Anjo enlodado nos pauis da terra.

    Depois... desperta no febril delírio, 
    — Olhos pisados — como um vão lamento, 
    Tu perguntaras: que é da minha coroa?... 
    Eu te diria: desfolhou-a o vento!...

    Oh! não me chames coração de gelo! 
    Bem vês: traí-me no fatal segredo. 
    Se de ti fujo é que te adoro e muito! 
    És bela — eu moço; tens amor, eu — medo!...

                                                                              Casimiro de Abreu

Amor e vinho
Cantemos o amor e o vinho,
As mulheres, o prazer;
A vida é sonho ligeiro
Gozemos até morrer
Tim, tim, tim
Gozemos até morrer
A ventura nessa vida
É sonho que pouco dura
Tudo fenece no mundo,
Na louça da sepultura
Tim, tim, tim
Na louça da sepultura
Não sou desses gênios duros,
Inimigos do prazer,
Que julgam que a humanidade
Só nasceu para morrer
Tim, tim, tim
Só nasceu para morrer
Fagundes Varela
Martírio

Beijar-te a fronte linda: 

Beijar-te o aspecto altivo: 
Beijar-te a tez morena: 
Beijar-te o rir lascivo:

Beijar-te o ar que aspiras: 
Beijar-te o pó que pisas: 
Beijar-te a voz que soltas: 
Beijar-te a luz que visas:

Sentir teus modos frios: 
Sentir tua apatia: 
Sentir até repúdio: 
Sentir essa ironia:

Sentir que me resguardas: 
Sentir que me arreceias: 
Sentir que me repugnas: 
Sentir que até me odeias:

Eis a descrença e a crença, 
Eis o abismo e a flor, 
Eis o amor e o ódio, 
Eis o prazer e a dor!

Eis o estertor da morte, 
Eis o martírio eterno, 
Eis o ranger de dentes, 
Eis o penar do inferno!


Junqueira Freire


Letícia Ribeiro-31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C

Comparação das obras

A Maja Vestida - Goya
Auto Retrato- Théodore Géricault
Mulher com papagaio -Eugène Delacroix
O ponsador - Auguste Rodin


todos eles mostram pessoas, essas obras foram criadas na época do romantismo quando as pessoas conseguiram os seus direitos de liberdade de expressão corporal e artistica.



Laís 30, Júlia 29   9°C

sábado, 9 de junho de 2012

Comparação das poesias “Lembrança de morrer” e “O poeta moribundo”

LEMBRANÇA DE MORRER


Quando em meu peito rebentar-se a fibra, 
Que o espírito enlaça à dor vivente, 
Não derramem por mim nenhuma lágrima 
Em pálpebra demente. 

E nem desfolhem na matéria impura 
A flor do vale que adormece ao vento: 
Não quero que uma nota de alegria 
Se cale por meu triste passamento. 

Eu deixo a vida como deixa o tédio 
Do deserto, o poento caminheiro, 
– Como as horas de um longo pesadelo 
Que se desfaz ao dobre de um sineiro; 

Como o desterro de minh’alma errante, 
Onde fogo insensato a consumia: 
Só levo uma saudade – é desses tempos 
Que amorosa ilusão embelecia. 

Só levo uma saudade – é dessas sombras 
Que eu sentia velar nas noites minhas… 
De ti, ó minha mãe, pobre coitada, 
Que por minha tristeza te definhas! 

De meu pai… de meus únicos amigos, 
Pouco - bem poucos – e que não zombavam





O POETA MORIBUNDO



Poetas! amanhã ao meu cadáver
Minha tripa cortai mais sonorosa!
Façam dela uma corda, e cantem nela
Os amores da vida esperançosa!

Cantem esse verso que me alentava...
O aroma dos currais, o bezerrinho,
As aves que na sombra suspiravam,
E os sapos que cantavam no caminho!

Coração, por que tremes? Se esta lira
Nas minhas mãos sem força desafina,
Enquanto ao cemitério não te levam
Casa no marimbau a alma divina!

Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia . . .
Como o cisne de outrora... que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.

Coração, por que tremes? Vejo a morte
Ali vem lazarenta e desdentada. ..
Que noiva!. . . E devo então dormir com ela?. ..
Se ela ao menos dormisse mascarada!

Que ruínas! que amor petrificado!
Tão antediluviano e gigantesco!
Ora, façam idéia que ternuras
Terá essa lagarta posta ao fresco!

Antes mil vezes que dormir com ela,
Que dessa fúria o gozo, amor eterno. . .
Se ali não há também amor de velha,
Dêem-me as caldeiras do terceiro Inferno!

No inferno estão suavíssimas belezas,
Cleópatras, Helenas, Eleonoras;
Lá se namora em boa companhia,
Não pode haver inferno com Senhoras!

Se é verdade que os homens gozadores,
Amigos de no vinho ter consolos,
Foram com Satanás fazer colônia,
Antes lá que no Céu sofrer os tolos!-

Ora! e forcem um'alma qual a minha
Que no altar sacrifica ao Deus-Preguiça
A cantar ladainha eternamente
E por mil anos ajudar a Missa!






O tema de ambos é a morte, a desilusão com a vida. A morte no primeiro poema é vista como escapismo, ou seja, o eu lírico não aceita a realidade e encontra na ideia da morte, refúgio para seus conflitos interiores. Ele é tão indignado com a vida que afirma "deixá - la como quem deixa o tédio." Aponta os sentimentos que seriam sentidos pelos parentes que para ele são seus únicos amigos. É latente o pessimismo do eu lírico no poema. No segundo poema, ao nosso ver, a morte é vista mais medo e insegurança. O eu lírico se faz muitas perguntas, ele não tem um total conhecimento do que está acontecendo, ou seja, a morte, tema de ambos.


Letícia Ribeiro- 31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C

Diferença entre texto humorístico e texto satírico

A sátira é uma técnica literária ou artística que ridiculariza um determinado tema (indivíduos, organizações, estados), geralmente como forma de intervenção política ou outra, com o objectivo de provocar ou evitar uma mudança. O adjectivo satírico refer-se ao autor da sátira.


EXEMPLO DE TEXTO SÁTIRICO


O Macaco Que Quis Ser Escritor Satírico


Augusto Monterroso


Na Selva vivia uma vez um Macaco que quis ser escritor satírico.


Estudou muito, mas logo se deu conta de que para ser escritor satírico lhe faltava conhecer as pessoas e se aplicou em visitar todo mundo e ir a todos os coquetéis e observá-las com o rabo do olho enquanto estavam distraídas com o copo na mão.


Como era verdadeiramente muito gracioso e as suas piruetas ágeis divertiam os outros animais, era bem recebido em toda parte e aperfeiçoou a arte de ser ainda mais bem recebido.


Não havia quem não se encantasse com sua conversa, e quando chegava era recebido com alegria tanto pelas Macacas como pelos esposos das Macacas e pelos outros habitantes da Selva, diante dos quais, por mais contrários que fossem a ele em política internacional, nacional ou municipal, se mostrava invariavelmente compreensivo; sempre, claro, com o intuito de investigar a fundo a natureza humana e poder retratá-la em suas sátiras.


E assim chegou o momento em que entre os animais ele era o mais profundo conhecedor da natureza humana, da qual não lhe escapava nada.


Então, um dia disse vou escrever contra os ladrões, e se fixou na Gralha, e começou a escrever com entusiasmo e gozava e ria e se encarapitava de prazer nas árvores pelas coisas que lhe ocorriam a respeito da Gralha; porém de repente refletiu que entre os animais de sociedade que o recebiam havia muitas Gralhas e especialmente uma, e que iam se ver retratadas na sua sátira, por mais delicada que a escrevesse, e desistiu de fazê-lo.


Depois quis escrever sobre os oportunistas, e pôs o olho na Serpente, a qual por diferentes meios — auxiliares na verdade de sua arte adulatória — conseguia sempre conservar, ou substituir, por melhores, os cargos que ocupava; mas várias Serpentes amigas suas, e especialmente uma, se sentiriam aludidas, e desistiu de fazê-lo.


Depois resolveu satirizar os trabalhadores compulsivos e se deteve na Abelha, que trabalhava estupidamente sem saber para que nem para quem; porém com medo de que suas amigas dessa espécie, e especialmente uma, se ofendessem, terminou comparando-a favoravelmente com a Cigarra, que egoísta não fazia mais do que cantar bancando a poeta, e desistiu de fazê-lo.


Finalmente elaborou uma lista completa das debilidades e defeitos humanos e não encontrou contra quem dirigir suas baterias, pois tudo estava nos amigos que sentavam à sua mesa e nele próprio.


Nesse momento renunciou a ser escritor satírico e começou a se inclinar pela Mística e pelo Amor e coisas assim; porém a partir daí, e já se sabe como são as pessoas, todos disseram que ele tinha ficado maluco e já não o recebiam tão bem nem com tanto prazer.




HUMORÌSTICO: 


UM EXEMPLO DE TEXTO HUMORÍSTICO


Rocky 8 – Um campeão nunca para






Muito machucado após a cansativa luta com Clubber Lang, Rocky faz uma série de exames no hospital e descobre que nunca mais poderá lutar. Esse é o diálogo com o médico:






- E ai doutor, como está a minha cabeça?


- Rocky, não importa, não irei dizer.


- Como assim não importa doutor? Estamos falando da minha cabeça, por deus!!


- Se eu disser que teve seqüelas graves na cabeça, você irá parar de lutar? 


- Não


- Eu sabia Rocky, pois já te avisei nos últimos três filmes que você pode morrer e ainda sim não me escutou. Então, é problema seu!!


Ainda duvidando do diagnóstico do médico, Rocky reflete sobre o assunto no tumulo de Adrian e decide não mais lutar. Porém, o destino prega suas peças em Rocky. Paulie, seu cunhado e o único além do Rocky a participar dos 8 filmes, morre após comer uma picanha mal-passada feita num George Foreman Grill. Enraivecido, Rocky decide desafiar George para uma luta. Porém o que Rocky não esperava é que George fora aluno do primo de terceiro grau do Mickey, seu antigo treinador. Usando técnicas antigas de treinamento, como levantar costelas, assar 22 hamburgueres de uma vez e de preparar sucos de ameixa no grill, George chega à luta melhor fisicamente que Rocky. A luta é cruel e sem graça, pois Paulie morreu e era ele quem fazia as piadas em todos os filmes do Rocky. No décimo round, acontece o impensável. Os dois lutadores sofrem uma pequena e momentânea falta de memória devido à idade avançada e esquecem o motivo da briga e decidem encerrar a luta. Agora amigos, George ensina a Rocky suas principais técnicas:


- Veja bem Balboa.Treinar socos no frigorífero não é melhor forma de preparar suas costelas. Use o meu Grill.


Rocky – Uma nova vingança


Sozinho, Rocky sente-se abandonado por todos os coadjuvantes nesse filme. Após ser preso por manter relações sexuais públicas com o túmulo da sua mulher no cemitério, Rocky estreita suas relações com George e compra toda a coleção de grills, desde o família até o Grill Jumbo. Pensando desde os tempos de lutador em como investir suas economias, nosso herói decide investir no Rocky Balboa Grill. Furioso com a forte competição num mercado antes dominado por seu produto, George Foreman decide se vingar e desafia novamente Rocky para uma “última” luta. Porém, eles são obrigados a juntar novamente suas forças contra Drago, o gigante russo que Rocky espancou no 4° filme. Drago, agora mais forte e com surpreendentes 3 metros, volta para os Estados Unidos para provar de uma vez por todas a superioridade russa lutando contra Rocky e George ao mesmo tempo. Após uma luta sangrenta, Drago começa a se sentir mal, com tonturas, suas veias começam a explodir. Finalmente os anos de uso excessivo de anabolizantes começam a fazer efeito. Rocky aproveita o momento de fraqueza e derruba mais uma vez Drago, vingando-se da morte do filho do irmão do primo de "Spider", personagem que sei lá porque aparece no 6° e mais recente filme da série. 


DIFERENÇAS: a diferença é que o texto humorístico, é um texto com humor, como já diz o nome. E o texto satírico ridiculariza um determinado tema, ou pessoa. Um texto humorístico pode sim ter uma parte satírica.


Letícia Ribeiro- 31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C

"Idéias íntimas"

alvares de azevedo

Fragmento
La chaise où je m’assieds, la natte où je me couche,
La table ou je t’écris .................................................
...................................................................................
Mes gros souliers ferrés, mon baton, mon chapeau,
Mês libres pêle-mêle entassés sur leur planche.
...................................................................................
De cet espace étroit sont tout l’ameublement.
LAMARTINE, Jocelyn
I

Ossian — o bardo é triste como a sombra 
Que seus cantos povoa. O Lamartine 
É monótono e belo como a noite, 
Como a lua no mar e o som das ondas...
Mas pranteia uma eterna monodia,
Tem na lira do gênio uma só corda, 
— Fibra de amor e Deus que um sopro agita!
Se desmaia de amor... a Deus se volta,
Se pranteia por Deus... de amor suspira.
Basta de Shakespeare. Vem tu agora,
Fantástico alemão, poeta ardente
Que ilumina o clarão das gotas pálidas
Do nobre Johannisberg! Nos teus romances
Meu coração deleita-se... Contudo,
Parece-me que vou perdendo o gosto,
Vou ficando blasé: passeio os dias
Pelo meu corredor, sem companheiro,
Sem ler, nem poetar... Vivo fumando.
Minha casa não tem menores névoas
Que as deste céu d’inverno... Solitário
Passo as noites aqui e os dias longos...
Dei-me agora ao charuto em corpo e alma:
Debalde ali de um canto um beijo implora,
Como a beleza que o Sultão despreza,
Meu cachimbo alemão abandonado!
Não passeio a cavalo e não namoro,
Odeio o lasquenet... Palavra d’honra!
Se assim me continuam por dois meses
Os diabos azuis nos frouxos membros,
Dou na Praia Vermelha ou no Parnaso.
II

Enchi o meu salão de mil figuras.
Aqui voa um cavalo no galope,
Um roxo dominó as costas volta
A um cavaleiro de alemães bigodes,
Um preto beberrão sobre uma pipa,
Aos grossos beiços a garrafa aperta...
Ao longo das paredes se derramam
Extintas inscrições de versos mortos,
E mortos ao nascer!... Ali na alcova
Em águas negras se levanta a ilha
Romântica, sombria, à flor das ondas
De um rio que se perde na floresta...
— Um sonho de mancebo e de poeta,
El-Dorado de amor que a mente cria,
Como um Éden de noites deleitosas...
Era ali que eu podia no silêncio
Junto de um anjo... Além o romantismo!
Borra adiante folgaz caricatura
Com tinta de escrever e pó vermelho
A gorda face, o volumoso abdômen,
E a grossa penca do nariz purpúreo
Do alegre vendilhão entre botelhas,
Metido num tonel... Na minha cômoda
Meio encetado o copo, inda verbera
As águas d’oiro do Cognac ardente:
Negreja ao pé narcótica botelha
Que da essência de flores de laranja
Guarda o licor que nectariza os nervos.
Ali mistura-se o charuto havano
Ao mesquinho cigarro e ao meu cachimbo...
A mesa escura cambaleia ao peso
Do titâneo Digesto, e ao lado dele
Childe-Harold entreaberto... ou Lamartine
Mostra que o romantismo se descuida
E que a poesia sobrenada sempre
Ao pesadelo clássico do estudo.
III

Reina a desordem pela sala antiga, 
Desce a teia de aranha as bambinelas
À estante pulvurenta. A roupa, os livros 
Sobre as poucas cadeiras se confundem.
Marca a folha do Faust um colarinho
E Alfredo de Musset encobre, às vezes
De Guerreiro, ou Valasco, um texto obscuro.
Como outrora do mundo os elementos 
Pela treva jogando cambalhotas,
Meu quarto, mundo em caos, espera um Fiat!
IV

Na minha sala três retratos pendem:
Ali Victor Hugo. — Na larga fronte
Erguidos luzem os cabelos louros,
Como c’roa soberba. Homem sublime!
O poeta de Deus e amores puros!
Que sonhou Triboulet, Marion Delorme
E Esmeralda — a Cigana... E diz a crônica
Que foi aos tribunais parar um dia
Por amar as mulheres dos amigos
E adúlteros fazer romances vivos.
V

Aquele é Lamennais — o bardo santo,
Cabeça de profeta, ungido crente,
Alma de fogo na mundana argila
Que as harpas de Sion vibrou na sombra,
Pela noite do século chamando
A Deus e à liberdade as loucas turbas.
Por ele a George Sand morreu de amores,
E dizem que... Defronte, aquele moço
Pálido, pensativo, a fronte erguida,
Olhar de Bonaparte em face austríaca,
Foi do homem secular as esperanças:
No berço imperial um céu de agosto
Nos cantos de triunfo despertou-o...
As águias de Wagram e de Marengo
Abriam flamejando as longas asas
Impregnadas do fumo dos combates
Na púrpura dos Césares, guardando-o...
E o gênio do futuro parecia
Predestiná-lo à glória. A história dele?...
Resta um crânio nas urnas do estrangeiro...
Um loureiro sem flores nem sementes...
E um passado de lágrimas... A terra
Tremeu ao sepultar-se o Rei de Roma
Pode o mundo chorar sua agonia
E os louros de seu pai na fronte dele
Infecundos depor... Estrela morta,
Só pode o menestrel sagrar-te prantos!
VI

Junto a meu leito, com as mãos unidas,
Olhos fitos no céu, cabelos soltos,
Pálida sombra de mulher formosa
Entre nuvens azuis pranteia orando.
É um retrato talvez. Naquele seio
Porventura sonhei douradas noites,
Talvez sonhando desatei sorrindo
Alguma vez nos ombros perfumados
Esses cabelos negros e em delíquio
Nos lábios dela suspirei tremendo,
Foi-se a minha visão... E resta agora
Aquele vaga sombra na parede
— Fantasma de carvão e pó cerúleo! —
Tão vaga, tão extinta e fumacenta
Como de um sonho o recordar incerto.
VII

Em frente do meu leito, em negro quadro,
A minha amante dorme. É uma estampa
De bela adormecida. A rósea face
Parece em visos de um amor lascivo
De fogos vagabundos acender-se...
E como a nívea mão recata o seio...
Oh! quanta s vezes, ideal mimoso,
Não encheste minh’alma de ventura,
Quando louco, sedento e arquejante
Meus tristes lábios imprimi ardentes
No poento vidro que te guarda o sono!
VIII

O pobre leito meu, desfeito ainda,
A febre aponta da noturna insônia.
Aqui lânguido à noite debati-me
Em vãos delírios anelando um beijo...
E a donzela ideal nos róseos lábios,
No doce berço do moreno seio
Minha vida embalou estremecendo...
Foram sonhos contudo! A minha vida
Se esgota em ilusões. E quando a fada
Que diviniza meu pensar ardente
Um instante em seus braços me descansa
E roça a medo em meus ardentes lábios
Um beijo que de amor me turva os olhos...
Me ateia o sangue, me enlanguece a fronte...
Um espírito negro me desperta,
O encanto do meu sonho se evapora...
E das nuvens de nácar da ventura
Rolo tremendo à solidão da vida!
IX

Oh! ter vinte anos sem gozar de leve
A ventura de uma alma de donzela!
E sem na vida ter sentido nunca
Na suave atração de um róseo corpo
Meus olhos turvos se fechar de gozo!
Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas
Passam tantas visões sobre meu peito!
Palor de febre meu semblante cobre,
Bate meu coração com tanto fogo!
Um doce nome os lábios meus suspiram,
Um nome de mulher... e vejo lânguida
No véu suave de amorosas sombras
Seminua, abatida, a mão no seio,
Perfumada visão romper a nuvem,
Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebras
O alento fresco e leve como a vida
Passar delicioso... Que delírios!
Acordo palpitante... inda a procuro:
Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimas
Banham meus olhos, e suspiro e gemo...
Imploro uma ilusão... tudo é silêncio!
Só o leito deserto, a sala muda!
Amorosa visão, mulher dos sonhos,
Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto!
Nunca virás iluminar meu peito
Com um raio de luz desses teus olhos?
X

Meu pobre leito! eu amo-te contudo!
Aqui levei sonhando noites belas;
As longas horas olvidei libando
Ardentes gotas de licor dourado,
Esqueci-as no fumo, na leitura
Das páginas lascivas do romance...
Meu leito juvenil, da minha vida
És a página d’oiro. Em teu asilo
Eu sonho-me poeta e sou ditoso...
E a mente errante devaneia em mundos
Que esmalta a fantasia! Oh! quantas vezes
Do levante no sol entre odaliscas
Momentos não passei que valem vidas!
Quanta música ouvi que me encantava!
Quantas virgens amei! que Margaridas,
Que Elviras saudosas e Clarissas,
Mais trêmulo que Faust, eu não beijava...
Mais feliz que Don Juan e Lovelace
Não apertei ao peito desmaiando!
Ó meus sonhos de amor e mocidade,
Porque ser tão formosos, se devíeis
Me abandonar tão cedo... e eu acordava
Arquejando a beijar meu travesseiro?
XI

Junto do leito meus poetas dormem
— O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron
Na mesa confundidos. Junto deles
Meu velho candeeiro se espreguiça
E parece pedir a formatura.
Ó meu amigo, ó velador noturno,
Tu não me abandonaste nas vigílias,
Quer eu perdesse a noite sobre os livros,
Quer, sentado no leito, pensativo
Relesse as minhas cartas de namoro...
Quero-te muito bem, ó meu comparsa
Nas doudas cenas de meu drama obscuro!
E num dia de spleen, vindo a pachorra,
Hei de evocar-te dum poema heróico
Na rima de Camões e de Ariosto,
Como padrão às lâmpadas futuras!
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XII

Aqui sobre esta mesa junto ao leito
Em caixa negra dois retratos guardo:
Não os profanem indiscretas vistas.
Eu beijo-os cada noite: neste exílio
Venero-os juntos e os prefiro unidos...
— Meu pai e minha mãe! Se acaso um dia,
Na minha solidão me acharem morto,
Não os abra ninguém. Sobre meu peito
Lancem-os em meu túmulo. Mais doce
Será certo o dormir da noite negra
Tendo no peito essas imagens puras.
XIII

Havia uma outra imagem que eu sonhava
No meu peito, na vida e no sepulcro,
Mas ela não o quis... rompeu a tela,
Onde eu pintara meus dourados sonhos.
Se posso no viver sonhar com ela,
Essa trança beijar de seus cabelos
E essas violetas inodoras, murchas,
Nos lábios frios comprimir chorando,
Não poderei na sepultura, ao menos,
Sua imagem divina ter no peito.
XIV

Parece que chorei... Sinto na face
Uma perdida lágrima rolando...
Satã leve a tristeza! Olá, meu pagem,
Derrama no meu copo as gotas últimas
Dessa garrafa negra...
Eia! bebamos!
És o sangue do gênio, o puro néctar
Que as almas de poeta diviniza,
O condão que abre o mundo das magias!
Vem, fogoso Cognac! É só contigo
Que sinto-me viver. Inda palpito,
Quando os eflúvios dessas gotas áureas
Filtram no sangue meu correndo a vida,
Vibram-me os nervos e as artérias queimam,
Os meus olhos ardentes se escurecem
E no cérebro passam delirosos
Assomos de poesia... Dentre a sombra
Vejo num leito d’ouro a imagem dela
Palpitante, que dorme e que suspira,
Que seus braços me estende...
Eu me esquecia:
Faz-se noite; traz fogo e dois charutos
E na mesa do estudo acende a lâmpada...

  “Ideias Íntimas” é um poema da Lira dos vinte anos de Álvares de Azevedo,pretende rastrear os elementos que conferem um andamento dramático ao texto que debate, além das categorias estéticas de seu título, a concepção dramática ideal do ponto de vista romântico, além do sentimento patético presente no poema alvaresiano e a movimentação do eu pelo espaço da casa e seu apego aos objetos. Com base na interpretação de Cilaine Alves, que aborda “Ideias Íntimas” como sendo um “poema miscelânea”, mistura de estilos, e a de Vagner Camilo, que o toma como um texto de cunho meditativo, nossa leitura o aborda como um momento de revisão de diversas posturas poéticas na busca de uma única, que legitime a poesia no século XIX configurando,assim, um pequeno “drama”


Letícia Ribeiro- 31 / Sophia Rolim- 47 - 9 ano C